Rede social Parler: por que foi desativada?

Segundo a pesquisa ‘Digital in 2020’, realizada pela We Are Social em parceria com a Hootsuite, a média global de usuários conectados às redes sociais é de 100 dias por ano, cerca de 40% do tempo que fica acordado, considerando uma noite de sono de 8 horas por dia. Isso já mostra um pouco sobre o que são redes sociais para os usuários da Internet e como seu alcance e novas plataformas on-line crescem a cada ano.

Com isso, dependendo do seu cotidiano, é possível que já tenha ouvido falar na rede social Parler, uma plataforma midiática que tem atraído diferentes grupos ideológicos na Internet. Apesar de fazer sucesso, essa nova rede social foi desativada no dia 11 de janeiro deste ano, causando um alvoroço por essa decisão.

Saiba mais sobre o Parler e o porquê dele ter sido desativado / Foto: Olhar Digital.

Pensando nisso, saiba mais sobre o Parler, seu funcionamento, como surgiu e por que seu uso foi privado recentemente. Confira!

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A rede social Parler

Fundado em agosto de 2018 por John Matze, nos Estados Unidos, o Parler mantém-se na ideia do funcionamento do Facebook e do Twitter: um espaço para postar sobre suas ideias, pensamentos e engajar-se com outras pessoas on-line. A sua base de usuários é composta por apoiadores do ex-presidente Donald Trump e por aqueles que desejavam expor suas ideias de forma democrática. Suas postagens incluíam, principalmente, conteúdos e opiniões sobre política ao redor do mundo.

O Parler apresentava-se como uma “plataforma social não-enviesada, focada em diálogo aberto, permitindo a liberdade de expressão sem censura de ideias, partidos políticos ou ideologia”, segundo a descrição que aparecia na página de início. Parecido com o Twitter, ele tinha suas opções de curtir (votar) e retuitar (ecoar) outras publicações, chamadas de “Parleys”.

Recursos e moderação

De acordo com o fundador, Matze, o Parler possuía nível de moderação baixa e não realizava a verificação das mensagens enviadas pelos usuários. A criação de contas e uso na plataforma eram gratuitos e permitiam a autenticação de dois fatores por meio de uma comprovação de documento com foto para a verificação do seu uso. Além disso, a rede social tolerava um limite máximo de 1.000 caracteres por Parley e possuía a opção “seguir novos usuários para a troca de conteúdos”, que aparece de forma cronológica na página de início, e também a possibilidade de mensagens privadas.

Sua remoção ocorreu nas lojas virtuais da Google, Apple e Amazon / Foto: Shutterstock

Desativamento

Apesar do site ter sido reaberto, a rede social foi desativada após a suspensão do aplicativo no serviço de hospedagem e nas lojas virtuais da Google, Apple e Amazon. A justificativa da Amazon foi a seguinte: “[…] Está claro que há uma parcela significativa de conteúdo no Parler que encoraja e incita a violência para com outros, e que o Parler é incapaz ou não deseja identificar e remover tal conteúdo, o que é uma violação de nossos termos de uso”. A Parler respondeu a decisão da Amazon com um processo para a marca, que revidou afirmando: “Nós comunicamos nossas preocupações ao Parler ao longo de semanas e, durante esse período, vimos que o volume desse tipo perigoso de conteúdo aumentou, ao invés de diminuir, o que nos levou à suspensão de seus serviços na manhã de domingo [dia 10]”. 

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Referências:
https://datareportal.com/reports/digital-2020-global-digital-overview
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2021/01/11/rede-social-parler-e-desativada-da-internet.ghtml
https://projects.propublica.org/parler-capitol-videos/

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